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Larri declara ser vitima de perseguição e boi de piranha no Leite Compen$ado

Quinta-Feira, 03.04.2014 às 17h-Redação Olinda- Paulo R Staziaki- DRT-RS 7485
audiencia lari site

Ouvido pela primeira vez ontem quinta (3) no processo movido pelo Ministério Público que o denunciou como responsável pela adulteração de leite in natura através da adição de ureia, água e formol, para aumentar o volume e consequentemente os lucros, o empresário Larri Lauri Jappe reafirmou inocência na sala de audiências do Forum da Comarca de Horizontina. Denunciou, embora sem apresentar provas, ser vitima de possível sabotagem comercial e perseguição política.


A organização dos pequenos produtores na associação que dirigia juntamente com um grupo de agricultores familiares,  conflitou interesses de outras organizações comerciais e até de sindicatos (inclusive o local) e outros segmentos políticos ou associativos, disse. –“Criamos sistema troca-troca de sementes e insumos bem mais baratos que as entidades até então disponibilizavam, fomos atrás de convênios com o governo estadual e federal e reduzimos a exploração e o uso dessas famílias para finalidades político partidárias, e isso mexeu com alguns interesses”. Minha posição político partidária também era contra o PT, acentuou.


Jappe também disse que preparava sérias denúncias contra irregularidades no Poder Legislativo e Poder Executivo de Horizontina em sua função de vereador e que as denúncias contra ele no leite foram arquitetadas em uma espécie de retaliação antecipada, pois muitos sabiam que estava reunindo documentos. “Sou bode expiatório, nunca adulterei um litro de leite”, disse sem conter o choro enquanto respondia perguntas do Ministério Público representado pela Dra Bruna Borgmann, Promotora de Justiça da Comarca. As denúncias envolveriam irregularidades com relação a obra da nova Câmara de Vereadores e a manutenção de um imóvel para encontros secretos de agentes politicos com os custos pagos possivelmente com o desvio de verbas públicas.


O ex-vereador denunciou ainda que um servidor do Poder Legislativo de Horizontina, mandou emissários após a sua prisão até seus familiares,  para dizer que poderia abrandar sua pena e até interferir pela sua liberdade provisória, pela relação próxima de amizade que possuía com o juiz responsável pelo caso.


As denúncias foram desclassificadas pelo magistrado por não haver relação com o processo sobre o qual se realizava o interrogatório. –“ Não vejo o que isto tem a ver com o processo, o senhor tem o dever de comunicar o Ministério Público, até a imprensa sobre esses fatos se possui as provas”, disse o juiz Schneider Jr.


A defesa de Jappe reafirmou o que consta nos autos, que o réu não pretendia fugir do país e que o suposto diálogo entre ele e uma advogada interceptado em escuta telefônica, que motivou sua prisão cautelar,  onde supostamente a causídica falava em “atravessar o rio” era tão somente força de expressão da profissiona,  diante da dificuldade de ter acesso ao processo. –“ Não há prova técnica produzida até aqui pelo MP que possa incriminar Larri”, disse o advogado de defesa Carlos Scheid.


O juiz concedeu 10 dias para apresentação de novas argumentações  de parte da defesa e MP para após prolatar sua sentença. O magistrado recebeu da defesa, ao final da audiência pedido de liberdade provisória do réu até o julgamento da sentença que deve demorar 40 dias. O pedido foi julgado ainda na noite de ontem e foi indeferido, ou seja, mantendo o réu preso preventivamente.


Larri disse em seu depoimento ainda possuir dívidas de R$ 1 milhão.A defesa também acostou ao processo um abaixo assinado com centenas de agricultores pedindo a liberdade ao empresário. O MP considerou o documento incompleto pois constava o objeto do abaixo assinado somente no topo da primeira folha, as demais continham tão somente sequência de assinaturas.

 

 


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