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CASO JACIELE: MP pede julgamento aos irmãos acusados pelo crime

Quarta-Feira, 05.10.2016 às 16h
JACIELE

O Ministério Público, considerando a repercussão social do caso, informou nesta quarta-feira (7) à comunidade de Horizontina que ofereceu memoriais na ação penal em que os réus Alan Diego Heissler e Luis Felipe Heissler são acusados da morte da vítima Jaciele Daiane Silva dos Santos, 22 anos, considerando as diversas provas produzidas após a oitiva de diversas testemunhas e a juntada de perícias.

 

Durante o interrogatório realizado, o réu Alan Diego permaneceu em silêncio, nada falando sobre os fatos. Por sua vez, Luis Felipe apenas deu uma versão sobre sua rotina diária, negando participação nos crimes. Alan Diego está internado desde outubro de 2015 no sistema prisional gaúcho. Luis chegou a ficar no presídio por algumas semanas, porém teve a prisão cautelar revogada por falta de provas de sua participação direta na morte da jovem.

 

No entendimento do Ministério Público, as provas são suficientes para a pronúncia dos réus, para que sejam submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e de ocultação e destruição de cadáver.

 

Agora, a defesa dos réus representada pelos causídicos criminais Vanderlei Pompeo de Mattos e Guilherme Rafael Kondra Pompeo de Mattos terá vista dos autos por cinco dias e, em seguida, o processo seguirá ao juiz Danilo Schneider Jr, julgador do caso para decisão. O processo é de nº 104/2.15.0001473-9 e tramita na 1ª Vara Judicial da Comarca de Horizontina, sem Segredo de Justiça.

 

Jaciele havia saído de casa no dia 5 de outubro de 2015, segundo disse a familiares, para apanhar um notebook na casa do ex-companheiro Alan Diego e não mais fez contato com a família, que registrou na polícia o seu desaparecimento. A busca pela jovem com 22 anos à época dos fatos durou 17 dias.

 

Na noite do dia 23, a polícia fez busca minuciosa na casa onde os dois irmãos moravam no Bairro Industrial e desconfiando de haver sinais de obra recente em uma parede, abaixo da churrasqueira, resolveu furar a mesma. O cheiro insuportável oriundo do pequeno orifício inicialmente feito levou a localização do cadáver da jovem, destruído e parcialmente queimado, já em estado de decomposição.

 

Alan Diego acusou uma terceira pessoa pela execução da jovem e que teria escondido o corpo mediante coação. Jaciele tinha medidas protetivas asseguradas pela Lei Maria da Penha deferidas pela justiça contra Alan Diego, e este a estaria ameaçando dias antes de uma audiência pelo fato no foro de Horizontina.

 

A brutalidade da execução da jovem com a mutilação, cremação parcial e ocultação do cadáver na churrasqueira teve repercussão nacional.


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