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Câmara aprova o impeachment de Dilma

Segunda-Feira, 18.04.2016 às 05h
01-FC- VOTAÇÃO IMPEACHMENT

Foi aprovado neste domingo em votação na Câmara dos Deputados, em Brasília, a instauração do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em uma sessão com mais de oito horas de duração, o deputado pernambucano Bruno Araújo (PSDB) deu às 23h06min o voto definitivo para chegar aos 342 necessários para a abertura do processo de afastamento da presidente. A votação final ficou em 367 para o sim e 146 para o não. Sete deputados optaram pela abstenção e dois não compareceram. A decisão agora vai para o Senado.


A sessão deste domingo foi aberta às 14h pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha(PMDB-RJ). Após manifestações do relator da Comissão Especial do Impeachment, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), de líderes partidários e representantes da minoria e do governo, a votação começou por volta de 17h45min.


Os deputados foram chamados a votar de acordo com ordem definida no regimento interno da Câmara, da região Norte para a Sul do país. O primeiro a votar foi o deputado Abel Galinha (DEM-RR), que disse "sim" ao impeachment. A discussão do parecer sobre a abertura de processo de impeachment de Dilma, que antecedeu a sessão deste domingo, começou na última sexta-feira , durou mais de 43 horas ininterruptas e se tornou a mais longa da história da Câmara dos Deputados.


O Senado é quem na prática decide se o processo de impeachment vai ser ou não deflagrado. A abertura será decidida pelo voto da maioria simples em sessão que precisará ter ao menos 41 dos 81 senadores presentes. Se o processo for aberto, Dilma Rousseff vai ser automaticamente afastada por 180 dias, período no qual Michel Temer exercerá o cargo de forma interina.


Neste período, Dilma terá a oportunidade de se manifestar a respeito. Se o impeachment não for julgado no prazo de 180 dias, Dilma retorna ao poder. Para o impeachment ser aprovado no Senado é necessário ter dois terços dos votos, o que equivale a 54.

 

A sessão que decidirá pelo afastamento da presidente vai ser presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Se isso ocorrer, Dilma Rousseff perderá o mandato em definitivo. Além da saída do cargo, ela terá seus direitos suspensos por oito anos, ficando inelegível para qualquer função pública durante esse período.

 

imagem/fonte: Jornal Correio do Povo


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