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Coleta em Horizontina não leva mais o lixo misturado das lixeiras

Sábado, 02.04.2016 às 06h37
01 de abril- fabiano gaertner

O sistema de coleta mudou e a comunidade está avisada. Desta forma, definiu o diretor da empresa Giro Ambiental Fabiano Gaertner ao explicar as novas medidas adotadas pela empresa na coleta do lixo da cidade. “Quem ao longo de quase quatro anos, insiste em não separar o lixo, entre orgânico e seco, agora ficará com o lixo em frente a sua casa, na sua lixeira”, informa. Ele voltou a pedir que o cidadão faça a sua parte separando os lixos entre orgânico e seco e colocando identificados nas lixeiras. Quem não possui lixeira ou só uma, e dispor os resíduos misturados, não terá os materiais recolhidos, reforça.


A medida atende o que estabelece o contrato mantido entre a Giro Ambiental e a Prefeitura de Horizontina, destaca Gaertener. O lixo deverá estar ensacado e separado. A empresa responsável pela coleta não é obrigada a coletar materiais depositados em canteiros ou árvores, bem como espalhados pelo chão ou misturados.


Nas últimas semanas medidas mais duras foram adotadas diante do aumento dos custos da empresa e que não conseguem ser legalmente reparados pelo Poder Executivo. Depois do contrato assinado, ainda em 2012, a empresa de Gaertner viu a cidade crescer em pelo menos três novos bairros. A coleta nesses novos pontos, não prevista em contrato foi ordenada verbalmente pelos secretários da área de infraestrutura e logística, e atendida pela empresa, sempre prezando pela eficiência e qualidade dos serviços.


Com o aumento significativo dos custos com aterro sanitário (destino do lixo misturado/rejeito), óleo diesel, dissídio salarial, carga tributária e outras exigências trabalhistas, inclusive inspeção do Ministério do Trabalho, a Giro tentou negociar as diferenças na sua planilha de cursos. Decorridos seis meses desta iniciativa, não restou alternativa, a não ser reduzir os serviços adequando-o ao que reza o contrato.


Desta forma, três bairros onde o mapa da Giro Ambiental não está previsto estão sem coleta: Vila Nova, Dalbem e Ouro Verde. A empresa aguarda ordem por escrito da Secretaria de Infraestrutura para proceder a coleta, que após ser escrita, poderá ser anexada como serviços da empresa.
Outras demandas reclamadas pela empresa estão relacionadas ao acesso a área da Unidade na Rua Campina, pois a pavimentação irregular quase que diariamente, causa danos aos caminhões obrigando a paradas para o conserto. A prensa do lixo seco, de propriedade do município e cedida conforme contrato para agilizar os serviços da empresa foi interditada pelo Ministério do Trabalho, o patrimônio não foi recolhido do local e nem outro equipamento em substituição adquirido, também lamenta o diretor. Quanto aos resíduos acumulados neste início de semana, segundo Fabiano, ocorrem por que na sexta-feira, feriado religioso, não ocorreu a coleta.


A coleta dos orgânicos ocorre três vezes por semana em cada bairro e a coleta do lixo seco segue inalterada. “Cada residência deve ter seu coletor, de preferência identificado, para orgânico e seco, não temos como abrir sacola para verificar, nem adivinhar onde está o seco, ou orgânico”, desabafa.
Fabiano nega que alguns bairros ficam mais de uma semana sem coleta. “Não procede, a coleta existe, desde 1º de março tivemos as alterações, o cidadão deverá verificar suas sacolas, certamente elas contém lixo misturado e ele ficará lá até ser separado”, diz.


Apenas 10% dos moradores separam o lixo entre orgânico e seco na cidade. Nós temos mapeado e sabemos onde mora cada um deles, tanto o que separa, quanto o que mistura tudo, destaca o gestor.
A prefeitura informa que está preparando uma nova licitação, já que o atual contrato que vencerá em outubro não pode mais se aditado. Toda a demanda de crescimento do número de economias e da consequente geração de resíduos terá de ser considerada pelo edital, informa o município.


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