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Sair de um processo convencional de produção de tijolos, e produzir em escala industrial, foi o desafio assumido pelo empreendedor Marcelo Strassburger, formado em Engenharia Elétrica e que após passagem profissional pelas empresas Petrobras e Vale, decidiu retornar a Horizontina e dar seguimento aos negócios da família, na localidade de Ponte Pratos, próximo a ERS 305.

Ao desafiar o pai Hélio para a modernização da olaria ouviu como resposta: Quanto isso vai nos custar? Marcelo, como todo empreendedor pôs as mãos à obra ainda sem ter o dinheiro, mas depois do projeto técnico e de viabilidade pronto, passou a apresentá-lo a instituições de crédito.

Aliando a tradição dos produtos e o sobrenome da família a tecnologia, o jovem transformará o antes penoso trabalho em uma olaria, onde cada tijolo produzido precisava ser pego na mão 14 vezes até chegar ao cliente, para uma produção com organização industrial, com sustentabilidade e sem queimar um pedaço de lenha sequer.

 O projeto dos Strassburger foi ganhando confiança, e crédito obviamente, tanto que a primeira etapa das obras tem a parceria de organismos como o BB e Bradesco, através de linhas do BNDES.

Havia de anos, nossa olaria não queima uma árvore. Nossa fornalha é abastecida por cavacos de madeira utilizada em desmanches ou restos de construção e demolição e até restos de sabugo de milho.

Strassburger amplia a partir de 30 de junho o quadro de 9 para 14 trabalhadores, o número de motores de 5 para 108, torna o abastecimento desde a matéria prima, queima e transporte em linhas de produção industrial, passa a capacidade da fabrica para 30 mil tijolos dia, produzirá 20 tipos diferentes de tijolos e com um custo em torno de 30% menor que no método até então utilizado.