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Greve dos caminhoneiros provoca desabastecimento na região

Terça-Feira, 24.02.2015 às
fila postos

Em protesto contra a alta dos preços dos combustíveis, dos pedágios e dos valores dos tributos sobre o transporte, caminhoneiros bloquearam dezenas de trevos em rodovias estaduais e federais Rio Grande do Sul e outros sete estados, no Sul, Sudeste e Centro Oeste. Caminhões de carga ficam parados nos acostamentos pelo menos por 24 horas.

 

O bloqueio parcial retém por alguns minutos veículos de passeio e depois libera a passagem. A intenção é que o movimento, que começou na semana passada seja expandido para o resto do país até que o governo sinalize com atendimentos as reivindicações do setor, entre elas a redução do preço do óleo diesel, dos pedágios, da energia elétrica e melhoria das estradas.

 

O setor de transporte de carga está passando por uma crise histórica, sem que os caminhoneiros consigam ter retorno da atividade diz o caminhoneiro Cláudio Adiers, que convencia os colegas a fazerem como ele e parar de trabalhar por alguns dias para chamar atenção dos governos para a difícil situação por que passa a categoria. “– Subiu tudo, combustível, lubrificante, pneu, pedágio, restaurante, a gente trabalha e não sobra nada, a situação anda ruim faz tempo, mas agora foi a gota dá água”, diz o motorista.

 

Em Tuparendi, na ERS 344 agricultores apoiaram o movimento dos motoristas. Segundo Itálico Cielo, o agricultor sofre, pois o leite fica na propriedade, os suínos precisam da ração que não chega, mas a crise está pegando todos, inclusive o comércio.

No km 115 da BR-472, em Boa Vista do Buricá, houve bloqueio de parte da pista pelos manifestantes, que impediam passagem de caminhões.

 

Os caminhoneiros também pedem para que seja criada uma tabela de preços do frete baseada no quilômetro rodado e reclamam da jornada de trabalho implantada em setembro do ano passado, que fixou em oito horas diárias e um adicional de duas horas extras.

 

Em várias cidades como Horizontina e Três de Maio a corrida aos postos de abastecimento diante da possibilidade da falta de combustível gerou intensas filas nas bombas. Em vários postos faltou combustível, em outros a quantia chegou a ser racionada ou limitada em quantidade de litros. 


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